INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O TRABALHO
Principal: Fundação Altino Ventura (FAV)
AUTORES
NATALIA DE CARVALHO DIAS (Interesse Comercial:NÃO)
FELIPE PATRIOTA ALVES (Interesse Comercial:NÃO)
Título
CORIORRETINOPATIA HEMORRAGICA E EXSUDATIVA PERIFERICA (CHEP) : DIAGNOSTICO INESPERADO
Objetivo
Discussão clínica sobre Coriorretinopatia Hemorrágica e Exsudativa Periférica (CHEP). Desde o primeiro relato dessa condição por Reese e Jones em 1962, poucos casos foram relatados na literatura mundial (3 ). Mais recentemente, Shields et al relataram 173 casos de CHEP (1 ). Por isso, este relato tem como objetivo o aprendizado e a discussão desta patologia.
Relato do Caso
Paciente, A.S.L., 67 anos, sexo feminnino, queixa-se de baixa acuidade visual progressiva em olho direito há 3 meses, negando outros sintomas. Ao exame oftalmológico, acuidade visual de Movimento de Mãos e 20/25 e pressão intraocular de 9 mmHg e 16 mmHg, em olhos direito e esquerdo respectivamente. Sem alterações à ectoscopia. Ao fundo de olho direito, evidenciado hemorragia vítrea, impossibilitando a visualização de maiores detalhes; olho esquerdo sem alterações . Realizado exame ultrassonográfico ,excluiu-se neoplasias retinianas. Indicou-se cirurgia de vitrectomia posterior via pars plana em olho direito; durante cirurgia, evidenciando alteração retiniana descrita como áreas elevadas de coloração amarelada em polo posterior e periferia e. em região inferior, presença de áreas hipercrômicas A retina estava aplicada em polo posterior e elevada, por material exsudativo, em periferia. Levantada como hipótese diagnostica a Coriorretinopatia Hemorrágica e Exsudativa Periférica (CHEP). (Imagens do caso impossiveis de anexar aqui!)
Conclusão
A CHEP se manifesta com alterações hemorrágicas exsudativas que afetam a retina neurossensorial ou epitélio pigmentar da retina (EPR), incluindo descolamento seroso ou hemorrágico do EPR, hemorragia subretiniana, exsudação lipídica e descolamento exsudativo da retina. (1,2) Doença de mulheres idosas, e manifesta-se com lesões bilaterais localizadas na área temporal, entre o equador e ora serrata. A etiologia é desconhecida, mas o envolvimento de neovascularização de coróide periférica tem sido sugerida. (3,4) A importância de reconhecimento desta doença e sua manifestação clínica são importantes para a condução da mesma e para um melhor prognóstico do paciente.